terça-feira, 27 de novembro de 2007

Tempo...

Ao ler a postagem da minha grande amiga Sammia, aqueceu-me a vontade de escrever...

Uma reflexão sobre o tempo e o que qualificamos como importâncias em nossa vida.

É dificil encontrar um ser que dê mais valor ao chão molhado de chuva que ao ser carro, ao suspiro de amor que ao dinheiro, ou a risada inocente de uma criança, que o tempo que gasta ao atravessar a rua apressado para o trabalho.
Tenho analizado ultimamente o quão fúteis somos como indivíduos, e como deixamos que o cotidiano assole nossa vida de tédio e estresse.
Páro e relaciono o cinza do céu dessa cidade; os carros, as pessoas com suas faces exaustas, a poluição, o asfalto.
Até que ponto é bom viver na maior megalópole da América Latina?
Sim, em São Paulo encontram-se as maiores exposições de arte, mostras de cinema, as melhores baladas, mas como o paulistano aproveita de tudo isso? Ao acordar as 5 da manhã para trabalhar? Ou nas 2 horas que perde no trajeto ao trabalho?Quem sabe ele aproveite na enchurrada que "lava" a cidade com sua acidez, deixando muitos desabrigados.

Essa minha mania de querer mais...
Ou melhor, esse nosso direito de qualidade de vida que é cada dia mais utópico.
Neste momento expresso meu desvaneio óbvio, mas necessário.
E clamo aos amigos e leitores: pensem nas coisas pequenas e simples da vida, pois o caixão não tem gaveta, e num picar de olhos a vida vai escoando pelo ralo na eternidade de cada instante.