
Eu sempre me orgulhei de nunca ter sido roubada, levando em conta que moro em São Paulo.
Pois ontem, voltando da faculdade fui abordada por uma criatura que não deu muita sorte.
Ando numa pindaíba tão grande que estou econimizando até na condução, esperei até quase meia noite pra pegar um ônibus que dá uma grande volta, e no final do seu itinerário (onde desço) passa o "maravilhoso" e "nada" demorado outobus que me leva até próximo de casa.
Depois de duas horas de paciente espera, e uma possível amizade com uma estudante de psiquiatria, consigo finalmente desembarcar nas proximidades da minha residência.
Dizem que a vida é cheia de decisões, eu decidi seguir cerca de 800m a pé à esperar outro ônibus que diminuiria o trajeto a tão sonhada caminha.
Pois bem, sigo ouvindo um bom Jazz no meu celular (que só funciona um fone) pera enganar a fome.
Eis que percebo uma figura perto de mim, e quando tento andar mais rápido, ele se aproxima e saca uma faca (puta merda, uma faca de cozinha, poderia ser pelomenos uma espada chinesa, ou uma daquelas do Crocolido Dandy, mas era uma xexelenta faca de cozinha das mais precárias, perigo de eu pegar tétano só de olhar) e afobado pega meu celular, e pede dinheiro, eu gritando falo que não tenho, ele insiste, e eu começo a chorar falando que não tenho. Ele deve ter percebido que sou tão fudida quanto ele e sai andando e levando meu celular ¬¬.
Eu chorava descontroladamente andando e me ocorriam várias coisas. Como poxa vida, pouca merda pra quê? que injustiça, e porra, nem dinheiro pra ser roubada não tenho rs.
O ladrãozinho da faca se deu relativamente mal, levou um celular velho, e nem um realzinho. Deve ter me chingado até a 3ª geração.
O mais engraçado (rir pra não chorar, certo?) é que quando cheguei em casa minha avó quiz dar uma de valente e saiu de carro querendo achar o fajuto. O que ela faria? Dar uns tapas nele e dizer: - Menino mau, isso é feio!