quarta-feira, 22 de abril de 2009

Maldito seja!

Tenho medo do incerto, do simples e sutil;
Os olhos ternos com que me olhas e seu sorriso infantil.
Sinto que comi um pedaço do cogumelo da Alice
talvez isso explicasse minha frágil pequenes.
A euforia causada por momentos singelos me deixam tonta;
Minha escrita esta um lixo,
mesmo assim fica melhor que a sua, que não tem ritmo.
Será que penso?
Não penso.
...

sábado, 4 de abril de 2009

Desalento e despedida




Dê-me sua mão, vamos caminhar...
Não sei o rumo, apenas sentir os pés doer enquanto contemplo teu riso.
Não tem problema, poderá descançar depois, agora é a nossa hora.
Tenho um turbilhão de emoções que preciso compartilhar...

Não quero que se prenda ao meu jeito rude de ser, mas
Você tem tantas defesar que me sinto numa batalha sem fim...
Não tenho bola de cristal,
seria deveras útil para desvendas tantos segredos que insiste em guardar.

Estou sendo direta, é uma forma de burlar minha timidez.
O sol abre novos caminhos, por mais que eu prefira a penumbra,
não posso ceder.

Tanta poesia omitida, palavras não ditas, o silêncio comeu minha rima.
Pareço mais cética que o normal, talvez eu realmente esteja.
Não posso negar que a injeção de poesia bambeou minhas estruturas.
Infelizmente o ato foi atrasado,
definimos (defini) para onde iria tender nosso caminho.

Não seria sincera conosco se permanecesse como estava.
Acho que não sou uma pessoa sociável, e não consigo viver de meias verdades, meios sentimentos.


Desculpa por esse vômito, era para ser mais sutil,
mas não sou tão delicada quanto gostaria.

Se quiser pode descançar agora,
eu preciso ir, essa caminhada foi deveras intensa.

Não diga nada,
me acostumei com o silêncio e acho que devo levá-lo como resquícios desse momento.

Eu sei que é injustiça, egoismo mas prefiro assim.
Se precisar, sabe como me encontrar, não confunda o caminho me preocurando em outros sorrisos, não sou tão pretenciosa para ocupar tantos espaços.
...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Perder-se



Não é ingenuidade, é entrega.
Ela aprendeu a entregar-se a tudo que faz intensamente.
O olhar, o abraço, o beijo, nada é superficial, é como se mergulhasse em cada gesto, ação.
Ela sempre teve problemas com o emocional...
Tem doçura, delicadeza, mas também tem uma criança sapeca que se esconde debaixo de uma mulher fria e calculista.
O seu mundo é repleto de fantasias, das mais bobas as mais ricas.
Outro dia me contou sobre uma moça que viu no metrô, ela estava grávida e carregava um buquê de rosas vermelhas lindíssimo. Para ela rosas são sua forma mais real, que diante da beleza tem espenhos e folhas, e tenta defender-se, mas é frágil. Como as rosas da grávida levaram ela aos belos anos em que recebia flores, eu fiquei comovida com o adocicado da voz e o brilho que seus olhos tinham quando falava, senti certa inveja, mas contive qualquer atitude que quebrasse seu encanto.
O pior para quem brinca demais é quando esta falando sério brincando, e num deslize perde tudo.
Meu pior defeito talvez seja colocar muita expectativa em tudo, em sonhar e iludir-me com surrealidade do realismo.
Complico demais, mas quando sou simples é complexo.
Ela queria quebrar tudo, abrir sua porta e dizer poucas e boas, que isso não se faz!
Queria parar de sonhar, de sofrer e de se apaixonar.
Ela deveria ser outra, mais forte, sábia, e dura. Mas é fraca, fraquíssima!
A forma física é um suporte farcesco para uma estrutura frágil.
Ela vai caminhar novamente, levantar os olhos e fingir que nada aconteceu, seu orgulho é mais forte.
Vai se perder em outros braços, provar outros abraços, beijar tantos lábios.
Quem sabe assim encontre a liberdade novamente, antes de se perder nos olhos de outro menino.