segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O que falta?



Falto eu ou você, o que é falta?

Ausência é falta ou um estar em si?

Sentir-se livre é bom, mas ruim.

Não sei por onde vaga minha racionalidade, é uma profusão de sentimentos e decisões, perplexa sigo sem querer.

São olhares risos e abraços, é tanta sedução e paixão.

Onde fica o amor quando a carne queima?

Aprender a ser, mesmo sem estar.

Onde estou, onde esse conflito me levará?

Momento catártico da vida, não quero um deus ex machina para me salvar, não sou a heroína da tragédia chamada vida.

A fruta tem seu ciclo para tornar-se madura, perfeita para o consumo.

O humano passa a vida amadurecendo e se consumindo, explorando o outro para arrancar de suas vísceras um pouco de dignidade.

Aprendi a dar valor ao outro e esqueci de valorizar o dentro, a conexão interna que liga a necessidade e o querer.

Esse movimento que rompe minhas certezas lançando-as no vácuo de ilusões e perspectivas profusas de presente, passado e futuro é dilacerante.

Não sei sinceramente sobre a falta, ausência ou medo, apenas aceito que existem fisicamente no meu corpo.