
Falto eu ou você, o que é falta?
Ausência é falta ou um estar em si?
Sentir-se livre é bom, mas ruim.
Não sei por onde vaga minha racionalidade, é uma profusão de sentimentos e decisões, perplexa sigo sem querer.
São olhares risos e abraços, é tanta sedução e paixão.
Onde fica o amor quando a carne queima?
Aprender a ser, mesmo sem estar.
Onde estou, onde esse conflito me levará?
Momento catártico da vida, não quero um deus ex machina para me salvar, não sou a heroína da tragédia chamada vida.
A fruta tem seu ciclo para tornar-se madura, perfeita para o consumo.
O humano passa a vida amadurecendo e se consumindo, explorando o outro para arrancar de suas vísceras um pouco de dignidade.
Aprendi a dar valor ao outro e esqueci de valorizar o dentro, a conexão interna que liga a necessidade e o querer.
Esse movimento que rompe minhas certezas lançando-as no vácuo de ilusões e perspectivas profusas de presente, passado e futuro é dilacerante.
Não sei sinceramente sobre a falta, ausência ou medo, apenas aceito que existem fisicamente no meu corpo.