Embriagada de poesia ela se prende novamente.
O emaranhado de retratos que passam por seus olhos a deixam zonza, mas resolve levantar.
Como é prazeroso ser só, completa consigo.
Pensamento sensato, considerando o local e parceiro que a ultima noite lhe trouxera.
Tem dias que sente como se houvessem arrancado tudo, e era só, um corpo inerte na vida.
Mas acorda e vê que é noite, a solidão fria a abraça e aconchega mais um novo movimento de vida.
Acende seu cigarro e sai.
Sua aparência exótica chama atenção, diziam que sua presença é como um beijo roubado.
No seu caminho perambulavam as figuras que descartara, seu péssimo hábito de viver do passado sustentava sua libibinosa vida evasiva.
Mais uma noite, mais um poema queimado pelo rancor das horas.
O preço da conciliação
Há 4 semanas