domingo, 29 de março de 2009

Individualista?

Tenho várias teorias a respeito do meu futuro.
A mais coerente tende ao seguinte (quesito emocional):

Uma pessoa seca, amarga, sozinha. Ligada a um mundo imaginário, repleto de teses, discussos, e argumentações sobre os temas mais variados, devaneios sobre a vida e a morte, e como elas coexistem.
Num apartamento colorido, meus companheiros serão livros empoeirados, desenhos rasurados, e tintas...o vazio dos meus dias será camuflado com jazz e drogas como Neruda, Cecília, quem sabe um pouco do bom e velho Kubrick, Glauber Rocha?
As crianças olharão para mim com curiosidade, debaixo de um olhar soturno sempre tem ternura, mas são raros os momentos que se manifesta.
Trocarei o chocolate quente por cafeína pura (já comecei esse processo), e compartilharei meu humor sádico com os amigos que restarem (afinal a vida continua, se você não se liga a alguém em laços matrimoniais, acaba sendo engolido pela vida, será?).
Se algum maledeto resolver entrar no meu mundo, simplesmente farei com que veja que pessoa agradável eu não sou, e o quanto eu não acrecentaria, e mesmo parecendo exótico um relacionamento com uma geladeira eu não estaria disposta a compartilhar mais que um café...

Minha mãe sempre me disse que com esse meu jeito individualista eu iria morrer sozinha, que eu vivo em sociedade, e dependo das pessoas. Marrenta que sou prefiro ignorar esse alerta e voltar para o acalando do meu edredom, onde meu livro e meu café esperam.

Um comentário:

Anônimo disse...

A vida é um asco de violência, um mar turbo de perversão, e ao mesmo tempo, a mais bela de todas as coisas que existem. Liberte-se dessa prisão se doando a algo maior. Seja você mesma e corra riscos.

Continue escrevendo, ou cortando os pulsos e sangrando até que palavras intelegíveis surjam, e eu continuarei a ler.